Escandalizados uns, perplexos, outros, jornalistas e comentadores mediáticos interrogam-se, de olhos esbugalhados, como foi possível, na Grécia, um partido da extrema-esquerda (Syriza) aliar-se a outro partido (Gregos Independentes), da extrema-direita, para formar governo. Numa aliança, aparentemente, contra-natura.
Para mim, a explicação é simples: uniu-os um sentimento comum de orgulho nacional. Dito de outro modo, de são patriotismo, ou de amor à Pátria. Sentimento hoje raro entre grande parte dos políticos, de índole apátrida, vendilhões de bens públicos, caixeiros-viajantes aciganados, que, muitas vezes, se envergonham em falar na sua própria língua materna. Preferindo expressar-se num anglo-americano economês paupérrimo, ou na tal "linguagem de ervilhaca" de que falava Camões, na sua carta da Índia.
Claro!
ResponderEliminarNós é que parece que já nos esquecemos daquele cretino alemão que aconselhou o Governo grego a vender ilhas para pagar a dívida.
Como se costuma dizer em bom português, Syriza é tanto de extrema-esquerda como eu, e quem o levou ao poder foram os antigos votantes do Pasok.
Espero que se consiga discutir o que queremos da Europa porque se for para enriquecer os partidos ricos e empobrecer ainda mais os pobres...
Vai um trabalho difícil, o deles, e do ponto de vista económico na ponta da lâmina. Mas a imaginação, que ambos são jovens, talvez possa criar soluções simples, mas originais. Roosevelt conseguiu dar a volta, na América, a uma situação também muito difícil. Faço votos para que também haja solidariedade, em torno da Grécia. Pelo menos, de alguns países...
EliminarE afinal parece que nem o Syriza é de extrema esquerda nem o Gregos Independentes é de extrema direita. Mas foi assim que foram apresentados na comunicação social e isso não tem nada de inocente...
ResponderEliminarSem dúvida, houve um empolamento das agências de informação, no sentido de situar os dois partidos nos extremos, para dissuadir e assustar os eleitores...
EliminarAté porque, creio que foi Kammenos, teria sido, anteriormente, ministro num dos governos de Samaras.