O poder interrompe-se, ou acaba, quando o símbolo humano desse poder é atingido por uma mera bofetada, um tiro ou até mesmo por uma (outra) aproximação física que desafia a formalidade protocolar. O espaço e a distância são imprescindíveis ao exercício do poder.
O silêncio imposto - quando não escolhido e aceite - pode bem ser uma forma de pressão, mas também de opressão que pode fazer tirocínio até atingir a tirania ou a ditadura. Porque a palavra sempre foi e há-de ser uma forma de liberdade. Exercê-la é um direito, mesmo que possa parecer um desafio.
Dar uma ordem pressupõe a sua exequibilidade e o seu cumprimento, e, por isso, obriga a que seja ponderada antes, maduramente. A haver dúvidas, no seu acatamento, não deve ser dada, porque a desobediência é, no fundo, o melhor espelho da fragilidade do poder - basta a tal bofetada...
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