De
um semanário nacional retirei a imagem em epígrafe. Achei, por razões diversas,
que a foto sintetizava a pequenez mental de muita gentinha e a superioridade do
Humanismo e da Cultura – obviamente com letras maiúsculas.
Apreciei
o sublime porte socrático da escultura a contrastar com o ar “boquiaberto” que
alguns chamados estadistas - tanto nacionais como estrangeiros - não conseguem
disfarçar perante uma elevação inusitada, quer tenham formação nas chamadas
ciências exactas como nas de economia. O que lhes falta, a todos, é,
obviamente, uma sólida formação cultural e humana, ou por outras palavras,
aquilo que distinguia o provinciano de um “Eusebiozinho” do “Carlinhos
estrangeirado”.
Sucede,
ainda, que os “contadores de fadas” da inevitabilidade da desgraça acumulam,
para além da impreparação democrática, contradições – quiçá paradoxos –
insanáveis perante os seus semelhantes próximos.
No
dia de hoje, 70 anos após uma página negra na História da Alemanha, os
discursos sobre acontecimentos, vários e coincidentes, escondem a essência
desumana e gritante dos 3 milhões de alemães que, empregados, vivem no limiar
da pobreza por opções ideológicas e políticas.
O
actual chefe holandês do Eurogrupo, juntando o seu ar moderno ao conservador
“copinho de leite” do Bundesbank alemão, preferem assobiar para o lado,
deixando que dentro da Zona Euro exista, para além do Luxemburgo, uma Holanda
que capte as empresas com regras tributárias de excepção para uma imensa
minoria. E o “menino” Weidmann saberá esclarecer quanto da fortuna de magnates
gregos alimenta o sistema financeiro alemão ?
Por
coincidência ou não, A. Merkel falou sobre Auschwitz e Tsipras foi relembrar
outras atrocidades.
E,
no final do dia, é a escultura de Sócrates que me reconcilia com o mundo e com
o meu semelhante mais esclarecido.
Post de HMJ
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