terça-feira, 10 de julho de 2012

Intimidades


Dos telemóveis, amplificadores da vida privada, na via pública ou nos transportes, até às revistas róseas onde celebridades medíocres, normalmente, vendem (às vezes, com os próprios filhos menores) a sua intimidade, há um mundo às escâncaras que se desnuda, venalmente ou por mero exibicionismo, em todo o seu patético de existência fútil. Para ouvintes ou leitores ávidos poderá constituir o sal de uma vida excessivamente pobre e sem história, para outros, apenas, uma excrecência sórdida dos tempos que passam.
Mas há que pensar que, em tudo isto, há também democracia e liberdade. E opções pessoais e humanas. Por isso me ocorre citar Henry James (1843-1916): "...um homem tem o direito a escolher, tanto quanto possa, o que o mundo deve saber dele, e aquilo que não deve saber".

2 comentários: