É muito interessante o pequeno volume da Enciclopédia pela Imagem (Livraria Lello, Porto) dedicado às "Caravelas, naus e galés de Portugal". Dá uma ideia aproximada das vicissitudes por que passavam os portugueses de antanho, no mar, durante a saga dos descobrimentos. E traz algumas informações curiosas quer da construção dos barcos, armamento das caravelas, mas também da alimentação a bordo e dos salários dos marinheiros. Aqui deixo uma pequena amostra:
"...As naus, principalmente a partir do século XV, e em viagem, tinham um determinado abastecimento que consistia, para cada uma, em um moio de farinha, sal em porção arbitrária, vinte alqueires de legumes, oito de amêndoas, outro tanto de ameixas, certa quantidade de mostarda, açúcar e mel. Para os doentes, eram embarcadas conservas e outras dietas e uma ou duas boticas. Deve-se esclarecer que os víveres eram referentes a quatro meses de dias de carne e outros tantos de abstinência. Somente o biscoito deveria durar dez meses, pouco mais ou menos. No que respeita às luzes fixas do navio, cada nau tinha três de azeite.
A tabela de vencimentos, como se diria hoje, era deveras extensa, mormente a partir do século XV em que cada capitão-mor tinha 600$000 de viagem redonda e dois criados a 1$000 réis por mês e cada capitão de unidade 200$000 e seis criados a 1$000 réis mensais. ..."(pg. 14).
para AVP, por óbvias razões.
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