sábado, 31 de dezembro de 2011

Mercearias Finas 46 : almoço de fim de ano


O meu amigo H. N., quando vem, deixa sempre largos vestígios da sua enorme generosidade aquariana. Por isso, eu tinha quase a certeza que ainda havia, nas gavetas por baixo dos Cd's, alguma caixa de elegantes e esguias cigarrilhas Cohiba. Havia: com 3 exemplares sobrantes; e ficaram 2.
Porque depois de um polvo guisado "à açoreana" que se desfazia como pudim flan, e um nobre Encruzado da Quinta de Cabriz, branco na sua singeleza aristocrática, só o tabaco ilhéu de Cuba, estaria à altura deste último almoço de 2011. Pelo meio, a memória convocou o capitão Nemo, de Júlio Verne, e os Beatles...
Aéreas mercadorias espirituais cruzadas com o aroma e fumo da Cohiba, pelo ar.
Pouco antes, os mexidos à Minhota, enriquecidos de bom mel, pinhão, passas e 4 ou 5 gotas de Madeira, celestiais no seu todo, convidaram, depois do café (60% robusta/ 40% arábica) a uma Aguardente velha S. João, Reserva, nos seus 40º macios e apaziguadores.
Por isso, a cigarrilha Cohiba era apenas o elo que faltava, o remate, a chave de ouro. Obrigado, H. N., e um bom ano de 2012! 

3 comentários:

  1. Já nem me lembro do que almocei ontem.
    Polvo à açoreana é muito bom. Às vezes tb faço, substituindo o vinho de cheiro.

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  2. Para nós, "à açoreana", foi uma "vernissage" muito boa...

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  3. Para MR:
    na falta do "vinho de cheiro", deitei um pouco de aguardente velha para além do vinho branco que a receita recomendava.

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