quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Recomendado : vinte e três - "O Grande Livro dos Provérbios"


Sempre fui grande apreciador de provérbios, desde os transmitidos pelos escritores clássicos (Gil Vicente, Sá de Miranda, Francisco Manuel de Melo, Jorge Ferreira de Vasconcelos...) até aos que fui lendo em almanaques, rifoneiros, ou aqueles que ouvi, directamente, da boca de populares (por ex.: "Casa que não é ralhada, não é bem governada").
Não há muitas obras onde se agrupem e reúnam os provérbios portugueses. Refiram-se as principais:
- Adágios Portugueses, de António Delicado, de 1651. Há uma reedição de 1923, feita por Luís Chaves.
- História Geral dos Adágios Portugueses, de Ladislau Batalha, editada em Lisboa, no ano de 1924.
- Rifoneiro Português, de Pedro Chaves, impresso no Porto (1928, reeditado em 1945).
- Adagiário Português, reunido por Fernando de Castro Pires de Lima, editado em Lisboa, no ano de 1963.
Mas, por outro lado, estes livros estavam esgotados e raramente apareciam à venda em alfarrabistas, ou em leilões, e os preços eram altos, pela grande procura que tinham.
Por isso tenho que saudar a publicação (Novembro de 2011), em reedição da Casa das Letras, de "O Grande Livros dos Provérbios" de José Pedro Machado (1914-2005), para mais a preço que considero módico. Para quem se interesse por adágios, posso adiantar que o livro tem mais de 27.000 entradas e/ou ditados. É obra!

2 comentários: