Foram dois os principais núcleos irradiantes à volta dos quais cresceu e se desenvolveu a antiga Guimarães: o Castelo e a Colegiada ou Igreja de N. Sra. da Oliveira. Embora de fundação mais antiga, a sua traça deve a forma de base a Mumadona Dias que os reformulou no séc. X. O Castelo virá a ter o desenvolvimento de muralhas, circulando a Vila, nos reinados de D. Dinis, D. Fernando e D. João I, de que restam alguns vestígios (o principal, na primeira imagem). No perímetro do Castelo, situa-se a pequena Igreja de S. Miguel e, no séc. XV, viriam a construir-se os Paços dos Duques de Bragança. Junto à Colegiada, existiu em tempos remotos, a Igreja dos francos, companheiros do Conde D. Henrique, sob a invocação de S. Tiago, na praça que, hoje, tem o seu nome. No adro da Colegiada, o Padrão do Salado celebra a batalha em que D. Afonso IV tomou parte. A partir destes dois focos monumentais, cresceu Guimarães.
São inúmeras as Igrejas e Capelas dispersas pela cidade e seria ocioso nomeá-las a todas. Destaco apenas, para além da Igreja de N. Sra. da Oliveira, a Igreja de S. Francisco, cuja construção se iniciou no séc. XIV e que conta, no seu acervo, com uma bela imagem de N. Sra. das Dores da autoria de Soares dos Reis. De moradias, devo realçar a dita mas improvável casa de Egas Moniz (embora medieval, e na segunda imagem deste poste), situada na Rua Nova. A casa dos Carvalhos, no Largo João Franco, com a sua torre singular, onde funcionou a poética Academia Vimaranense, no séc. XVIII, sob o patrocínio do fidalgo Afonso Lourenço de Carvalho. Mais tarde, foi moradia da família Mota Prego. E, ainda, a casa dos Lobos Machados, na Rua da Raínha (D. Maria II). E, finalmente, o palacete Vila Flor pertença, hoje, da Universidade do Minho. Mas o melhor será passear, sem bússola e sem guia, pelo Centro histórico de Guimarães, porque há muita coisa para ver e descobrir, por exemplo, na Rua de Sta. Maria...
Gostei.
ResponderEliminarMuito obrigado, MR.
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