quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sinais do Tempo : blogues e contribuidores



Pela mão amiga de H. N., tomei conhecimento através de "Le Monde", de algumas novidades relacionadas com: sítios, blogues e contribuidores. Será, porventura, um fait-divers mas é, também, um sinal dos tempos. Desde a greve dos colaboradores do sítio do jornal "Huffington Post", na América, que se cansaram de contribuir, graciosamente, até Hughes Serraf, em França, começa a haver um movimento crescente e impaciente no sentido de que este trabalho seja remunerado. Os contribuidores cansaram-se de apenas ganharem visibilidade e notoriedade, de terem de suportar os plagiadores e sanguessugas que proliferam à volta, e de, nada de concreto, receberem em troca. Se alguns ainda auferem um modesto pagamento (de 200 a 620 euros, na França), a grande maioria dos que escrevem para sites nada ganham. O jornal "Le Monde", no desenvolvimento do tema, acrescenta: "Manter um blogue é uma ascese: é preciso alimentá-lo todos os dias. E, depois, mais dia menos dia, acontece um fenómeno bem conhecido sob o nome de «fadiga do bloguer». Começa a sentir-se o vazio, pensamos: «Já não tenho nada para dizer, acabaram-se-me as ideias» - refere Caroline Franc..."

A acompanhar, com atenção...

com a devida vénia a "Le Monde" e agradecimentos a H.N..

4 comentários:

  1. No respeitante ao "Huffington Post", não sei: o jornal se calhar ganha com o seu sítio.
    Quanto ao restante referido, situação inimaginável. :)

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  2. O americano ganha bastante e os franceses creio que também, não esquecendo que estas centrais de blogues (que eu não entendo muito bem, aqui, da nossa terrinha) têm anúncios e publicadade, no próprio blogue. Há gente que faz dinheiro com tudo...

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  3. Há já vários blogues portugueses que optaram por incluir publicidade, que é remunerada, naturalmente, consoante o número de visitantes.
    Quanto à "fadiga do blogger", é um facto: tenho dado por ela em vários amigos e em mim mesmo. Penso que o melhor remédio é uma pausa, curta que seja, para retemperar o entusiasmo e comigo tem funcionado.
    No que respeita ao plágio e afins, realmente chateia mas neste meio quase a-jurídico é difícil lidar com ele.

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  4. São, na verdade, novos tempos que se reordenam, ainda sem regras definidas e com muita ambiguidade, em si. O que mais me admira, LB, é que, da enorme quantidade de visitas (o desenho de "Le Monde" é muito oportuno), raríssimas deixam sinal activo. Este amorfismo, esta neutralidade e silêncio, esta ausência de participação e interacção, preocupam-me. Sabendo embora, também, que muitos vem apenas, e só, para sugar...

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