Artes e ofícios
A luz que se debruça nas palavras
incendeia o que resta de uns gravetos
húmidos. Mas não arde.
As rendas de minha mãe
eram perfeitas: muito mais ainda
que os versos que eu faça.
Simétricas, porém, alinhavam a vida,
gastavam-lhe o desespero
e a vista. Saíam ordenadas
ao sabor da casa.
Qlz. 4/89, Sb. 7/90-4/11
Gostei.
ResponderEliminarUma pessoa entender-se no meio daqueles pauzinhos todos, daquela confusão de pauzinhos (para os leigos)...
Muito obrigado, MR.
ResponderEliminarAs rendas de bilros, tanto quanto me lembro, requeriam extrema concentração e habilidade.
Imagino, e pelo que vi, faziam-na com grande destreza.
ResponderEliminarÉ verdade, sobretudo em Vila do Conde e, um pouco, na Póvoa de Varzim.
ResponderEliminarO título não me parece bem: não vejo menoridade alguma, nem nos bilros, menos ainda no poema.
ResponderEliminarA não escolha (prévia) e o re-arranjo posterior explicam o nome da rubrica. Obrigado, c.a., no entanto.
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