Este terá sido, creio, o terceiro livro que comprei, com intuitos bibliófilos. E foi em Coimbra, improvável cidade (por incrível que pareça), no início dos anos 60 (1962?, 63?), onde eram inexistentes, praticamente, os alfarrabistas. Na Rua da Sofia, baixa conimbricense, havia uma loja empoeirada que vendia móveis usados que eu, de longe a longe, frequentava; por vezes, apareciam também, em cima desses móveis velhos alguns livros e revistas antigos. Foi lá que comprei a 1ª edição (Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 5 Largo de Camões 6, no ano de 1902) de "A Ceia dos Cardeais", de Júlio Dantas, que, em 1962, já contava 48 edições em língua portuguesa. Afora as mais de 50, em traduções estrangeiras impressas. A pequena peça de teatro de Júlio Dantas, estreada em Março (24?, 28?) de 1902, no então Teatro Dª Amélia (hoje, S. Luís), fora um sucesso. E as edições e representações sucederam-se, frequentes, no tempo. Por isso, e como o livro foi barato (Esc. 2$50), a compra da obra encheu-me de contentamento. O volumezinho (36 pags.) pertenceu, antes, a uma senhora açoreana que lhe inscreveu a marca de posse (Emilia da Camara Leite) e que o terá adquirido na (Livraria?) Teves Adam, de Ponta Delgada. Pessoa amiga, que recordo com saudade, ofereceu-me a encadernação com ferros a ouro, e ligeiro restauro, em finais dos anos 70 do séc. passado.
Duas revistas de Natal
Há 4 minutos
Há um prosimetronista que recita partes desta Ceia. Não sei de que cardeal é que ele vestiu a pele.
ResponderEliminarDeve ter sido do cardeal português (Gonzaga de Castro)...
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