Surrealista independente, quase sempre com um olhar endiabrado sobre as coisas e os animais a que não faltava uma certa ternura compassiva, Jacques Prévert nasceu a 4 de Fevereiro de 1900 e morreu 77 anos depois, em Abril. Foi um poeta extremamente popular, não só em França ("Rappelle-toi Barbara / Il pleuvait sans cesse sur Brest ce jour-là..."), escreveu muitos argumentos para realizadores franceses (Autant-Lara, Marcel Carné...), e "Les Feuilles Mortes" proporcionou uma canção célebre de J. Kosma.
Que restará hoje, em França, da memória deste homem? Já não é, com certeza, o autor de culto que foi nos anos 50/ 70 do século passado. Ainda é editado e lido?
Lembro-o com o pequeno poema intitulado "O Grande Homem":
"No gabinete de provas do alfaiate de pedra
onde o encontrei
ele tirava as suas medidas
para a posteridade."
Recordo-o, hoje, com a grata lembrança da boa disposição e alegria com que li os seus livros ("Paroles", "Spectacle", "La Pluie et le Beau Temps"...) na minha adolescência.
Acho que foi o primeiro poeta que li directamente em francês, precisamente estes três livros que cita, em edições Livre de Poche, que ainda tenho.
ResponderEliminarAmanhã haverá mais um d'«Os meus franceses». Obrigada.
O meu primeiro foi o Verlaine, mas o segundo, MR,foi mesmo o Prévert.
ResponderEliminar