quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Memória 11 : Jacques Prévert



Surrealista independente, quase sempre com um olhar endiabrado sobre as coisas e os animais a que não faltava uma certa ternura compassiva, Jacques Prévert nasceu a 4 de Fevereiro de 1900 e morreu 77 anos depois, em Abril. Foi um poeta extremamente popular, não só em França ("Rappelle-toi Barbara / Il pleuvait sans cesse sur Brest ce jour-là..."), escreveu muitos argumentos para realizadores franceses (Autant-Lara, Marcel Carné...), e "Les Feuilles Mortes" proporcionou uma canção célebre de J. Kosma.

Que restará hoje, em França, da memória deste homem? Já não é, com certeza, o autor de culto que foi nos anos 50/ 70 do século passado. Ainda é editado e lido?

Lembro-o com o pequeno poema intitulado "O Grande Homem":


"No gabinete de provas do alfaiate de pedra

onde o encontrei

ele tirava as suas medidas

para a posteridade."


Recordo-o, hoje, com a grata lembrança da boa disposição e alegria com que li os seus livros ("Paroles", "Spectacle", "La Pluie et le Beau Temps"...) na minha adolescência.

2 comentários:

  1. Acho que foi o primeiro poeta que li directamente em francês, precisamente estes três livros que cita, em edições Livre de Poche, que ainda tenho.
    Amanhã haverá mais um d'«Os meus franceses». Obrigada.

    ResponderEliminar
  2. O meu primeiro foi o Verlaine, mas o segundo, MR,foi mesmo o Prévert.

    ResponderEliminar