Há uns tempos encontrei num alfarrabista um livro das edições Ática com os pensamentos do Marco Aurélio, selecção, tradução e prefácio de António Sérgio. É um dos meus preferidos. Gosto de tê-lo à mão (mais precisamente à cabeceira).
Boa pergunta... O que me agrada em Marco Aurélio é encontrar no que escreveu muito mais deontologia que ontologia, a ideia de um «eu» em permanente construção, a convicção de que o único poder absoluto a que podemos/devemos aspirar é o poder sobre nós próprios, a exigência de livre arbítrio. Pelo que tenho visto, todos os poços têm o seu "calcário", uns mais que outros, mas parece-me que até dos mais inquinados é possível retirar água boa... :-)
Tenho um outra edição dos «Pensamentos», mais recente, versão integral, mas a tradução não tem comparação... Comprei há pouco tempo uma terceira, incluída na velha «Colecção RTP» mas ainda não a comparei com as outras. Ultimamente ando com uma estranha vontade de aprender grego mas não passam de devaneios, talvez sintoma de velhice...
Olhe que não, olhe que não!(como dizia o Cunhal) Eu acho que a curiosidade - no bom sentido - é um sintoma saudável de estar vivo e de amar a vida. Sem garantia de rigor, acho que foi Cícero que aprendeu grego, já muito tarde na vida. Até porque sobre traduções - reporto-me aos comentários sobre Pound - estamos conversados... Fiz algumas observações sobre o tema, e sem citar nomes, no "Prosimetron" na minha Escolha Pessoal sobre Auden.
Há uns tempos encontrei num alfarrabista um livro das edições Ática com os pensamentos do Marco Aurélio, selecção, tradução e prefácio de António Sérgio. É um dos meus preferidos. Gosto de tê-lo à mão (mais precisamente à cabeceira).
ResponderEliminarTodos terão dentro de si «a fonte do bem»?
ResponderEliminarPara "c.a.": foi exactamente desse livro que respiguei a citação.
ResponderEliminarPara MR: realmente, às vezes, a água vem com algum "calcário"...
Boa pergunta...
ResponderEliminarO que me agrada em Marco Aurélio é encontrar no que escreveu muito mais deontologia que ontologia, a ideia de um «eu» em permanente construção, a convicção de que o único poder absoluto a que podemos/devemos aspirar é o poder sobre nós próprios, a exigência de livre arbítrio.
Pelo que tenho visto, todos os poços têm o seu "calcário", uns mais que outros, mas parece-me que até dos mais inquinados é possível retirar água boa... :-)
Tenho um outra edição dos «Pensamentos», mais recente, versão integral, mas a tradução não tem comparação... Comprei há pouco tempo uma terceira, incluída na velha «Colecção RTP» mas ainda não a comparei com as outras.
Ultimamente ando com uma estranha vontade de aprender grego mas não passam de devaneios, talvez sintoma de velhice...
Olhe que não, olhe que não!(como dizia o Cunhal)
ResponderEliminarEu acho que a curiosidade - no bom sentido - é um sintoma saudável de estar vivo e de amar a vida. Sem garantia de rigor, acho que foi Cícero que aprendeu grego, já muito tarde na vida.
Até porque sobre traduções - reporto-me aos comentários sobre Pound - estamos conversados...
Fiz algumas observações sobre o tema, e sem citar nomes, no "Prosimetron" na minha Escolha Pessoal sobre Auden.