Os dois quadros em imagem, de René Magritte (1898-1963), foram pintados quando ele iniciava a terceira década da sua vida. Quando se afastava de um certo hibridismo de influências que dominou a sua fase inicial, em que há vestígios de impressionismo, Braque, e até algumas marcas de F. Léger. O internamento gradual num surrealismo poético, onde o mistério e a ironia têm lugar cativo, marcam toda a sua obra até ao final. Apelativas e muito sugestivas, as suas pinturas, pela grande capacidade de associação criadora, vão muito além de Dali, colocando o observador num plano de suprarrealidade onírica, ainda que concreta pelo figurativismo acentuado das suas telas. Mas a sugestão agressiva ou o prenúncio de ameaça nem sempre estão ausentes das suas representações pictóricas. Os títulos, que cuidadosamente escolhia, robusteciam, também, a imaginação de quem via os seus quadros.
A primeira tela, intitulada No limiar da Liberdade (1930) pertence ao Museu Boijmans van Beuringen (Roterdão); a segunda, Os encantos da Paisagem (1928), integra uma colecção particular.
Lindos!
ResponderEliminarTambém tentei fazer uma escolha criteriosa..:-)
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