Por um inverno inteiro uma vespa
foi o nosso único animal doméstico
e para alimentá-la nos bastou
uma pequena gota de água e açúcar semanal
com a primavera ela foi-se para sempre
para se acomodar numa refinaria infinita
e hoje se quiser sair da sombra até à luz
um breve bater de asas será suficiente
Luigi di Ruscio, in L'iddio ridente.
Caro Senhor,
ResponderEliminarDesconhecendo o seu endereço de email, espero que não estranhe, em demasia, este pedido de ajuda num comentário. Amanhã, ao fim da tarde, num pequeno “evento literário” em que todos serão emissores e, simultaneamente, receptores e comentadores, é suposto cada participante ler (em voz alta!) uns versos. Acontece que não tenho qualquer jeito para essa função e preciso de uma boa desculpa para não ter que fazê-lo. Ou seja, tenciono chegar lá, apresentar uma justificação plausível e distribuir umas fotocópias, condicionando os presentes a olhar uns versos, evitando sujeitá-los à minha voz horrivelmente monocórdica.
Relembrando que há uns meses (ao certo, não sei quantos) publicou um post bem elucidativo sobre a diferença entre uma poesia para ser lida em voz alta e outra para ser lida em silêncio, seria possível indicar-me o endereço desse post?
Seja qual for a sua resposta, creia, p.f., na minha melhor atenção possível ao que vai publicando.
JQ
Tenho muito gosto em localizar-lhe o poste. Creio tratar-se de "Poesia para ler e poesia para dizer", aqui colocado em 9 de Abril de 2012. E faço votos para que a Sua intervenção decorra o melhor possível.
EliminarSaudações cordiais de
APS
Era mesmo esse. Muito obrigado.
ResponderEliminarCurioso poema!
ResponderEliminarÉ verdade, mas não deixa de ser interessante, no louvor à Primavera ("refinaria infinita").
EliminarGostei e não conheço este poeta.
ResponderEliminarAs vespas perseguiam-me na Primavera e no Verão. Uma praga! Fui várias vezes mordida. E tb por abelhas.
Se calhar devia-lhes dado um pouco e açúcar... :-))
ResponderEliminarPor mero acaso cruzei-me com 6 poemas de Ruscio, poeta italiano que também desconhecia, e gostei destes versos. Parece que escreveu, sobretudo, poesia de cariz social, e era de esquerda, naturalmente..:-)
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