Os tempos conturbados e os períodos de crise deixam marcas em todos os sectores. Até na Filatelia.
Em Portugal, anos e anos, por Setembro, sistemática e pontualmente, saíam para venda os catálogos Simões Ferreira (Porto) e Eládio de Santos (Lisboa), já com a data do ano seguinte, que permitiam orientar os filatelistas e os preços de selos portugueses nas lojas filatélicas.
Com o 25 de Abril, houve um alargamento de opções, com catálogos novos (2 ou 3 mais), em edição a cores, de várias proveniências, mas que duraram pouco. E nem chegaram a ter credibilidade, em relação aos dois mais antigos e clássicos na elaboração ajuizada. Depois, o catálogo Eládio de Santos, com o fecho da casa filatélica homónima, deixou de publicar-se. O nortenho Mercado Filatélico (catálogo Simões Ferreira) passou a ser patrocinado, em parceria, pela Afinsa e pelo núcleo filatélico do Ateneu Comercial do Porto. E o único catálogo português de selos ia saindo cada vez mais tarde...
Mas o deste ano (2014) ainda nem sequer saiu... o que deve querer dizer que os selos portugueses correm o risco de já nem ter um catálogo nacional. E os preços de mercado passarão a ser controlados, comercialmente, pelo catálogo alemão Michel, pelo francês Yvert, pelo inglês Stanley Gibbons.
Em contrapartida (imagem), podemos ver que o Michel, apesar da guerra, logo no ano a seguir, e em Setembro de 1946, não deixou de publicar, em Leipzig, conscenciosamente, o seu catálogo filatélico, para a Europa...
(Tenho por aqui alguns catálogos do género que nem me interessam nada pessoalmente nem muito comercialmente. Se quiser ficar com eles, ofereço-lhos com todo o gosto)
ResponderEliminarMuito agradeço a Sua amável oferta. Tenho um problema idêntico e já me tenho desfeito de alguns catálogos, sobretudo portugueses, porque o espaço já não me chega. Aliás, nos últimos tempos já quase deixei de comprar os novos.
EliminarReitero, no entanto, o meu grato reconhecimento.
Boa tarde,
ResponderEliminarantes de mais, peço desculpa pela intromissão. Sou uma jovem de 25 anos, que por alguma teimosia se iniciou na filatelia. Possuo uma colecção muito elementar, mas gostaria imenso de ter a possibilidade de ter um desses catálogos (o interesse maior serie em catálogo de selos portugueses). Mesmo não sendo oferta, estaria disposta a negociar a aquisição de um dos mesmos. Acham que seria possível?
Posso dispensar-lhe um Catálogo de Portugal (Afinsa/Ateneu C. do Porto) de 1997, desde que me indique um local, de preferência no centro de Lisboa, onde eu possa deixar-lho, em seu nome. Não será muito actualizado, mas dará para se orientar. É só dizer onde.
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