Corria quase pelo meio o século XIX, quando o Cardeal Saraiva (1766-1845) escreveu na Prefação ao seu Glossario de Palavras e Frases da Lingua Francesa, estas palavras, bem avisadas:
"...Este pensar francez, que melhor se entende doque se explica, não resulta de hum ou outro gallicismo, que indevidamente se haja introduzido, e que com facilidade se póde corrigir e evitar; mas consiste em tomarmos do francez hum modo particular de tecer o discurso, e hum certo ar, geito, ou estilo de fallar e escrever, que he proprio daquella lingua, e que não conforma com a indole, genio, e caracter da lingua portuguesa. ..."
Hoje, para as gerações mais recentes, o francês é quase uma língua desconhecida e perdeu toda a influência que tanto se sentia, em Portugal, até aos anos 60 e 70 do século passado. Entretanto, o inglês ganhou terreno e enorme espaço, sobretudo, no linguajar apátrida de algumas profissões. Basta reparar no dialecto dos economistas, consultores, gestores e CEO's, contaminados de todo pela subserviência aos termos e vocabulário norte-americanos...
Essa fauna fala nuns termos que não entendo nada.
ResponderEliminarSão ciências ocultas..:-))
EliminarPorque, do mirandês e do barranquenho, ainda a gente compreende alguma coisa.
Este seu post lembrou-me um outro do jornalista Pedro Correia, no Blogue "Delito de Opinião":
ResponderEliminarhttp://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/decifre-se-quiser-6049839
Obrigado pela dica, que verei amanhã, com tempo.
EliminarBoa noite!