Creio que o melhor título de um quadro, é um título poético. Dito de outra forma, um título compatível com a emoção mais ou menos viva que nós sentimos ao olhar para um quadro. Eu sei que é preciso ter inspiração para achar esse título. Um título poético não é uma espécie de informação que se aprenda, por exemplo, o nome da cidade de que a tela apresenta um panorama, nem o nome do modelo que se vê no quadro, nem mesmo o nome do papel simbólico atribuído à figura representada. (...) O título poético não tem nada a ensinar-nos, mas ele deve surpreender-nos e encantar-nos.
René Magritte (1898-1967).
Um título não pode ser uma mera descrição.
ResponderEliminarMuito embora, às vezes, pareçam: cf. Luiz Pacheco, Manuel A. Pina...
EliminarComo curiosidade e em aditamento:
ResponderEliminaro escritor policial Rex Stout tinha títulos tão sugestivos para os seus romances, que Magritte aproveitou alguns para títulos dos seus quadros...
Num quadro o título pode ajudar-nos a "ver". Num livro pode levar-nos a comprá-lo e ficarmos desiludidos.
ResponderEliminarNão sabia desta 'relação' entre Rex Stout e Magritte.
Num quadro, como num poema, os títulos, ou surgem de imediato, ou são muito difíceis de encontrar. Aliás, em muitos pintores modernos, há muitos: "Sem título".
EliminarAchei muito interessante a citação de Magritte e a história de Rex Sout. Confesso que sou fã de Rex Stout e do Nero Wolf. De Magritte há alguns quadros de que gosto bastante e sempre apreciei os títulos.
ResponderEliminarTambém sou fã dos dois, embora Magritte prevaleça na preferência..:-)
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