terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ómar Ortiz (1950)

O Circo

O poema salta de livro em livro
Como a Rapariga do trapézio
Que não pode dar-se ao luxo do esquecimento.
Os olhos deslumbrados do adolescente
Descobrem que as palavras
Tem o estranho sortilégio do funâmbulo.
É a memória, essa despensa de inutilidades,
Que conserva o espanto
E aquele esgar odioso do palhaço.

4 comentários:

  1. Lindo poema, muito bem acompanhado por este excerto das Asas do Desejo.

    ResponderEliminar
  2. Uma revelação, este Ómar Ortiz. E belíssimo "casamento" com o meu filme preferido do Wim Wenders.

    ResponderEliminar
  3. É verdade, embora "O Albatroz" fosse um poema "mais amplo". Obrigado, c.a..

    ResponderEliminar