Esta fotografia que encima o poste é, para mim, emblemática. Helmut Kohl e François Mittérrand, de mãos dadas, em Verdun, no ano de 1984. Era no tempo em que a Europa se unia e se ia construindo, sob a chefia de estadistas de craveira superior; não a Europa de hoje, com chefes de estado medíocres, mesquinhos, a fazer contas de merceeiro e a defender a sua "vidinha " pequenina e nacional...
François Mittérrand (1916-1996) morreu, precisamente, há 15 anos, poucos dias depois de visitar, civilmente, o Egipto. Como Charles de Gaulle, também, tinha visitado a Irlanda, como simples cidadão, pouco antes de morrer. Eram pequenos gestos, talvez simbólicos ou de gosto, que marcavam percursos de vida. Mas que espelhavam, ao mesmo tempo, a universalidade do seu espírito.
Mesmo na intimidade (e li, muito recentemente, um livro de Michel Charasse, um íntimo de F. M., em que o autor nos dá, em pinceladas impressivas, um pouco do seu retrato de proximidade - 55 faubourg Saint-Honoré, Ed. Grasset), François Mittérrand é um dos últimos estadistas europeus com dignidade humana e horizontes universais, exemplares.
P.S.: para MR, que lembrou F. M., previamente, no Prosimetron.
Adorei e vou já encomendar 55 faubourg Saint-Honoré. Obrigada!
ResponderEliminarNão é uma obra-prima, MR, mas lê-se muito bem. E tem pormenores importantes. Por exemplo, o corte de apoio ao Ensino Particular, em França, que viria a ser o início do apagamento e das derrotas do PS, em França...É onde nós estamos agora, aqui, em Portugal...
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