quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Osmose (7)

Como um menino mimado, ele estava à espera de reconhecimento, quando interpretou ao piano, de forma muito empenhada e sentida, autêntica nos seus recentes nove anos, o "Für Elise" de Beethoven. Não sabia que os adultos têm outras conveniências, razões e disfarces, uma crueldade mais sofisticada. Por isso, achou as palmas poucas, a emoção distante, ou nenhuma. Só muito mais tarde, compreendeu.

Sem comentários:

Enviar um comentário