Tudo tem o termo p'ra que corre,
Como os seres a própria morte morre.
O destino tem a cor de um camaleão
Que é variável de seu próprio estado,
Somos jogo de xadrez em sua mão:
Perde-se, talvez, o rei por causa do peão.
A terra fica erma, o homem enterrado.
Este mundo vil nunca responde
Ao enigma do Além: Agmat o esconde.
Al-Mu'tamid
Nota: Al-Mu'tamid nasceu em Beja (1040), veio a governar Silves, e Sevilha. Derrotado e exilado, acabou por morrer em Marrocos (Agmat), em 1095, onde escreveu sentidas elegias e o seu próprio epitáfio. A tradução do poema deve-se a Adalberto Alves, e está incluido na antologia "O meu coração é Árabe" (Assírio e Alvim, 1987).
Muito sábio este Al-Mu'tamid.
ResponderEliminarE eu hoje vou até Sevilha. :)
Boa Giralda!
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