Durante cerca de três anos, acompanhei-lhe o blogue (O cheiro dos livros - nemsemprealapis), com gosto, fidelidade e proveito. Original, a sua irreverência e agudeza eram uma marca disfarçada de ternura pelas coisas da terra. Falo de Jorge Fallorca (1949-2014), poeta, tradutor e não só, que faleceu em Abril do ano passado.
Hoje, na feira da rua Anchieta, havia um livro dele, isolado, numa banca. Comprei-o. E dou-lhe a palavra:
"Ninguém aprende a ser poeta. Nasce-se poeta ou não. É possível decantar, interiorizar essa inevitabilidade, mas é-se muito mais poeta quando finalmente nos libertamos da necessidade de escrever poesia.
Não há nada mais ridículo e mais letal para um poeta que insistir em continuar a escrever poesia quando, ninguém melhor do que ele, sabe que ela seguiu o trilho natural das coisas: acabou-se. ..."
Também acompanhei o blog... Um excerto que exprime a sua constante 'lucidez poética', se é que a há...
ResponderEliminarNo meio de tanta vulgaridade engalanada, o blogue de Jorge Fallorca era um oásis de autenticidade singular, com personalidade, e cheio de interesse, na minha opinião.
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