Torna-se um penoso sacrifício tentar acompanhar, por dever cívico e de cidadania, os desenvolvimentos, diálogos e diatribes da pré-campanha eleitoral para as legislativas. Os remoques de tasca, à altura dos diálogos em táxis, são constantes e pobretes. Porque, no meio dos ecos sucessivos, raramente sai uma questão essencial e nova, uma ideia original, uma causa por que valha a pena lutar.
A minha decisão já foi tomada, há meses, e, quando muito, apenas procuro robustecê-la ainda mais.
Um artista autêntico e válido terá, da sua passagem por este mundo, três ou quatro mensagens a deixar, que testemunhem a sua visão e integridade original e própria. Admito que, se for um génio, possa deixar um pouco mais, mas não muito. É por isso que penso que o estimado poeta Ramos Rosa teria ganho em não ter sido tão perdulário...
Quanto à arte da política, como em Portugal e na Europa não vislumbro nenhuma luminária genial, era tão bom que eles (políticos) falassem menos (já nos bastam os comentadores barrocos)! Cultivando uma usura prudente e uma concisão que nos poupasse os ouvidos saturados e fartos de tanto lugar comum.
Eu já não suporto as presidenciais, o que é estranho se pensarmos que são mais tarde...
ResponderEliminarTambém eu, Teresa. É um empurrar para a frente, ajudado por uma comunicação social sem ideias, ligeira e pobrezinha...
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