A manipulação e a mistificação, a falsidade e os pequenos truques, a mentira ou as inverdades têm ganhado espaço considerável, no país e no mundo, nos últimos tempos. Transversalmente, do campo da Finança à Indústria, criando raízes daninhas na Política, também.
Por isso me parecem pertinentes as palavras com que António Guerreiro (1959) remata a sua crónica semanal de hoje (A mentira como vocação) na ípsilon, do jornal Público. Passo a transcrever o final:
"...O que há então de novo, nesta questão da mentira política, é que passou a ser difícil, nas actuais circunstâncias, defender concepções substancialmente estéticas da política, como a de um teórico completamente anti-ético como Carl Schmit, porque o triunfo da mentira de facto, aquela que autoriza que se diga a um político que ele é mentiroso, não trouxe apenas consigo este rebaixamento da política ao discurso de gente mentirosa; caucionou também o seu contrário, uma ideologia ética de uma pobreza confrangedora."
Por isso me parecem pertinentes as palavras com que António Guerreiro (1959) remata a sua crónica semanal de hoje (A mentira como vocação) na ípsilon, do jornal Público. Passo a transcrever o final:
"...O que há então de novo, nesta questão da mentira política, é que passou a ser difícil, nas actuais circunstâncias, defender concepções substancialmente estéticas da política, como a de um teórico completamente anti-ético como Carl Schmit, porque o triunfo da mentira de facto, aquela que autoriza que se diga a um político que ele é mentiroso, não trouxe apenas consigo este rebaixamento da política ao discurso de gente mentirosa; caucionou também o seu contrário, uma ideologia ética de uma pobreza confrangedora."
Fiquei elucidada em relação a Carl Schmitt, que desconhecia.
ResponderEliminarEstas crónicas de A. G. têm, normalmente, a virtualidade de clarificar a realidade, com inteligência perspicaz.
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