quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Situar o horizonte


A paisagem subjacente. A linha paralela junto ao rio, em frente, é quase rasa. Vem do Montijo, e só pelo Barreiro se interrompe, por algumas chaminés altas, fabris, no horizonte da terra ribeirinha, que acaba pelo Seixal. Em segundo plano, ao fundo e atrás, a linha sobe em direcção ao céu, por alturas de Palmela e do seu castelo roqueiro, seguindo, depois, crescente em direcção à Arrábida, que não vejo.
É na direcção de Palmela, mais próximo de mim, embora distante ainda, que eu posso ver, por entre mansardas e telhados lisboetas, num rectângulo muito irregular, o Tejo. Que vai azul cobalto, e corre tranquilo, sem ondulação aparente. E por inteiro, se não fora um cacilheiro que lhe fendeu as águas, numa linha branca de espuma, seguindo diagonal na direcção do Barreiro.

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