Dizia Eugénio de Andrade (1923-2005), a abrir um poema:
Não se aprende grande coisa com a idade.
Talvez a ser mais simples,
a escrever com menos adjectivos.
Eu acrescentaria que, apesar dos anos, os advérbios de modo são ainda, e muitas vezes, a minha perdição e a minha fraqueza. Nem sempre lhes consigo resistir ou iniciar uma abertura de hostilidades contra eles.
Os anos trazem-nos porém a consciência das nossas debilidades com que, apesar de tudo, vamos convivendo. Assim como Andorra, a Suiça e San Marino que, por não terem um exército próprio e em moldes clássicos, evitam qualquer acto bélico, para evitar incómodos posteriores.
Embora destes três países europeus me pareça que apenas San Marino, que é considerada a mais antiga república do mundo, mantenha uma estrutura de imbatível coerência. Pois a Suiça republicana, na sua neutralidade militante, fornece ao Papa mancebos para a Guarda Suiça e Andorra, considerada um principado, se deixa governar, ambígua e duplamente, pelo cristianíssimo Bispo de Urgel e pelo PR do estado mais laico da Europa: a França.
Para não abrir mais hostilidades hoje, qualquer dia falarei do Vaticano...
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