sexta-feira, 12 de julho de 2019

Panteísmo e política, uma miscelânea a despropósito


Anda por aí um partido, sem ideologia que eu saiba, oportunista e vago de ideais, mas que aproveitou bem o nicho português da causa, que estava vago, para conquistar terreno e eleitores nessa amálgama  de gente lusa que faz manifestações por tudo e por nada e segue, fanaticamente, aquela adolescente sueca e autista, que é filha de boas famílias e se arrisca, com grandes probabilidades, ao Nobel da Paz (depois de Dylan, na Literatura, o que é que poderemos esperar?).
Bem fez o nosso simpático e realista Jerónimo que pôs Os Verdes com dono e a render, ao empurrar a estridente Heloísa para a difícil conquista de Leiria, nas próximas legislativas. Esse partido, pioneiro em terras lusas, nunca foi capaz de ganhar espaço nem implantar bandeira efectiva nas questões do Ambiente. Veio assim um Silva de nenhures, um pouco bronco e limitado no pensamento, primário e populista nos discursos, a ocupar o  terreno vago, com a sua tenda de acampamento verde. Burro não é ele, mas gosta de animais.
Embora, se calhar, nunca tivesse lido Baruch Spinoza, nem seja particularmente panteísta...
Mas passemos a outro assunto, em sequência.
Tenho para mim, embora sem fundamentos de absoluto rigor, que o panteísmo teve, desde há muito, como pioneiros europeus e terrenos de eleição a Grã-Bretanha e os Antigos Estados Alemães. A mera agricultura e subsistência subiu neles cedo à prática idealista de uma filosofia e de uma exigência de vida e respeito pela Natureza. Adiante.


Ora, uma nossa amiga, que vive numa pequena aldeia nas proximidades de Colónia, encontrou na rua, quase ainda implume e caída do ninho, uma pequena pega (-rabuda? pernilonga?) piando, abandonada.
E, embora essas aves tenham associada uma certa má fama de ladras e destruidoras de ninhos e ovos alheios, logo a recolheu caridosamente e a levou para casa, onde já tinha duas pombas. Uma de asa quebrada, outra, de pata partida, assim fazendo jus ao intrínseco sentimento panteísta dos lídimos alemães. Só que agora tem um trabalho acrescido todas as duas horas, porque as pegas são muito vorazes e esta está a crescer (normalmente, chegam ao comprimento de cerca de 45 centímetros). E a nossa amiga, pontualmente, tem que lhe dar de comer ou ela reclama, de forma estridente...



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