Verifico, com grande surpresa, que terei lido o primeiro livro de E. M. Cioran (1911-1995) em 1966, pela marca de posse e data manuscrita, mas não consigo lembrar-me como cheguei até ele. Creio que comprei Précis de Décomposition (1949), na 111, ao Campo Grande. Emparelhado com Camões, o ensaísta franco-romeno viria a servir-me de epígrafe (La joie n'est pas un sentiment poétique) no meu primeiro livro, em 1984. Não sei se por bonomia ou malvadez, os franceses apelidavam-no de filósofo de rua. Seja como for desde longe que Cioran me continua a acompanhar...
Ainda que muitas vezes por oposição ou para me forçar ao contraditório pelo seu excessivo pessimismo ou provocatório niilismo. Não me deixa nunca indiferente e é sempre estimulante a sua leitura. Mais agora, ainda, que um fastio pela ficção se me instalou, de há uns anos a esta parte, e a história, a poesia e o ensaio são meus únicos territórios de gosto e prazer. Assim, resolvi passar até de uma segunda fila, escondida, os livros de Cioran para a primeira linha para os ter à vista e mais à mão.
Sacrifiquei a exemplar e amena ficção de Maurice Genevoix (1890-1980), de que ainda gosto, para a retaguarda da estante, e dei o lugar ao pensador romeno. Uma mudança que ele merecia, aliás.
Ainda que muitas vezes por oposição ou para me forçar ao contraditório pelo seu excessivo pessimismo ou provocatório niilismo. Não me deixa nunca indiferente e é sempre estimulante a sua leitura. Mais agora, ainda, que um fastio pela ficção se me instalou, de há uns anos a esta parte, e a história, a poesia e o ensaio são meus únicos territórios de gosto e prazer. Assim, resolvi passar até de uma segunda fila, escondida, os livros de Cioran para a primeira linha para os ter à vista e mais à mão.
Sacrifiquei a exemplar e amena ficção de Maurice Genevoix (1890-1980), de que ainda gosto, para a retaguarda da estante, e dei o lugar ao pensador romeno. Uma mudança que ele merecia, aliás.
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