Eu creio que não andarei longe da verdade se disser que o meu descobrimento de compositores de música clássica, cronologicamente, foi por esta ordem: Beethoven, Vivaldi, Haydn e Bach. Mozart, Liszt, Schumann e Schubert são já tardios no meu conhecimento. Quanto a intérpretes, pianistas, a sequência ordena-se por Backhaus, Kempff, e inesperadamente o romeno Dinu Lipatti. Alfred Brendel (1931) surge-me apenas nos anos 80 e tem-me acompanhado desde aí, como pianista de eleição preferencial.
Sobretudo para interpretações de Liszt, Schubert e Beethoven. Mas tudo começou por estas 11 sonatas para piano do austríaco Joseph Haydn (1732-1809), gravadas por Brendel em Londres, em Setembro de 1979, para a Philips, e de grande excelência, quer na nitidez da gravação, quer também pelo virtuosismo interpretativo do pianista. O duplo CD creio que foi comprado em Colónia (Alemanha), na Saturn, em finais dos anos 80.
Ao falar de Haydn abriu-me o apetite para ouvir hoje uns trabalhos para instrumentos de sopro que tenho em cd creio que também da Philips. Este Haydn era muito versátil e eclético. As trompas, os fagotes e principalmente os clarinetes dão-se muito bem com o meu ouvido.
ResponderEliminarMuito flexível, realmente, este Haydn, mas também era preciso dar trabalho a todos os músicos de câmera do príncipe de Eszterhazy.
EliminarQuando leio os seus postes sobre música e músicos fico encantada e
ResponderEliminartenho pena, gostando tanto de música como gosto, de nunca ter tido
capacidade para fazer qualquer distinção. Reconheço que a cultura
tem uma grande influência neste facto. A música para mim é apenas
um prazer e por vezes muito grande. Fui procurar no Y.T. o disco que
referiu da Philips e ouvi a Sonata nº20 de Haydn , tocada por A.Brendel.
Como sempre, agradeço estas partilhas musicais.
Fico contente que assim seja e não tem nada que agradecer.
EliminarTenho um ouvido pouco afinado e não tive formação musical, infelizmente. Tentei compensar, ao longo da vida, esta falta com várias leituras e audições, mas ainda tenho muito que aprender. Por exemplo, gostaria muito de ter e ler um livro de Brendel sobre a obra musical de Beethoven, mas nunca o consegui commprar. E não sei se não será muito especializado, para os meus parcos conhecimentos. Entretanto, Viana da Mota, que foi um dos seus últimos alunos, tem um livro sobre Liszt muito interessante - que eu li, com proveito. E está traduzido em português.
Uma boa noite.