Gosto de ler biografias, sobretudo de figuras que me despertam alguma curiosidade pela riqueza humana das suas vidas. Ou pela sua importância no curso da História.
A recente saída de uma biografia de Sophia Andresen deu motivo a alguns artigos e uma ligeira polémica. Também se falou de que, em Portugal, há poucos livros de memórias e biografias sobre figuras ilustres. Sobre poetas, seria bom lembrar que não nos podemos inteiramente queixar. Gomes de Amorim, por exemplo, dedicou alguns anos da sua vida para depois vir a publicar Garrett : Memórias Biográficas; Júlio Castilho fez editar 7 volumes sobre a vida de seu pai - Memórias de Castilho (1926) e Vitorino Nemésio tem um bom ensaio biográfico sobre Alexandre Herculano, por exemplo.
Não temos, é certo, nenhum escritor-biógrafo com a qualidade literária e histórica do inglês Lytton Strachey (1880-1932), mas vamos remediando bem com o que temos.
Andei a namorar, aqui há tempos e no meu alfarrabista de referência, uma biografia de Metternich (1773-1859), diplomata e homem de estado austríaco que, quanto a mim, é, com o francês Talleyrand (este mais camaleónico na flexibilidade ideológica), um dos grandes artífices, no século XIX, da moderna Europa.
O livro, elegante na sua encadernação bonita, embora cansada, custou-me 20 euros, na semana passada. Lido apenas o prefácio, nada posso dizer, para já, sobre o seu conteúdo. Nem sobre Algernon Cecil (1879-1853) que o escreveu. Mas ainda estou satisfeito por o ter comprado.
O livro, elegante na sua encadernação bonita, embora cansada, custou-me 20 euros, na semana passada. Lido apenas o prefácio, nada posso dizer, para já, sobre o seu conteúdo. Nem sobre Algernon Cecil (1879-1853) que o escreveu. Mas ainda estou satisfeito por o ter comprado.
Gosto de biografias, memórias, diários...
ResponderEliminarA minha preferida das que citou é a de Gomes de Amorim. Li-a uma vez por inteiro, assim como a de Castilho, mas já consultei partes de ambas por diversas vezes. A de Gomes de Amorim bem precisava de uma reedição e de índices bem feitos.
Boa tarde!
A de Júlio de Castilho também tem muita informação secundária bem interessante, sobre a época.
EliminarCamilo também foi muito abordado, sobre diversas facetas, por Alberto Pimentel e Paulo Osório, pelo menos.
Bom resto de Domingo.
A atração é por vezes muito importante na aquisição de um livro.
ResponderEliminarA capa do livro não parece "cansada". Achei graça ao termo!
Tenho de Guilherme de Castilho, "Vida e obra de Raúl Brandão".
Como apaixonada que sou por actores, tenho "Memórias de Chaby" e
"Memórias de Adelina Abranches". Talvez deva dizer que nunca vi
estes actores em palco. Os livros são volumosos e bem ilustrados.
Desejo-lhe uma boa semana.
O termo "cansada", bem como "empoeirada" são palavras muito usadas no jargão bibliófilo de catálogos e leilões de alfarrabistas. Desta vez, não fui original..:-)
EliminarGuilherme de Castilho tem também um precioso trabalho sobre a vida de António Nobre. Tenho essas 2 biografias. Bom, embora dogmático, o livro (2) de Gaspar Simões sobre Fernando Pessoa.
Não tenho nenhuma das biografias de actores, que a Maria Franco refere.
Obrigado, e igualmente.