Louvada seja a gordura e o seu unto
cheio de graça, a curva
tensa e reluzente dos refegos.
Ditosos sejam os seres de densa folhagem
onde tudo o que queira
pode encontrar abrigo e passar a noite.
Que gozem de boa fama
esses flamejantes seres, exagerados,
vivos retratos da abundância.
Abram alas por onde eles passarem;
não os façam perder
no tempo, o peso e a vida.
Convidem-nos para a mesa e para a cama
(sem grandes recatos ou prévias condições)
e celebrem em público os seus amplos,
da gordura, gloriosos fastos.
Rigoberto Paredes, in Fuego Lento.
:-) Não conhecia.
ResponderEliminarTem uma poesia quase sempre de pendor satírico.
ResponderEliminarTambém é recente o meu conhecimento dele.