sábado, 2 de abril de 2016

Estado das armas


Por infausto acontecimento acompanhei, ontem, um amigo à sua última morada. O funeral teve honras militares. Não refiro a Arma que desempenhou o ritual, por pudor e respeito para com a vergonha dos profissionais da dita. Que dispararam as salvas com metralhadoras G3, em posição tiro a tiro.
A meu lado seguia alguém que, depois, vim a saber que era um pouco mais novo do que eu, mas que também manuseara as Mauser e as G3. Eu adicionara, à experiência dele, o uso das Uzi (israelistas) e da pistola Walther, de que gostava, particularmente, pelo seu traçado elegante.
As três salvas de despedida e homenagem, à entrada do cemitério, foram disparadas por 5 militares, com G3. Da primeira salva, não dei por nada. Mas na segunda salva, apercebi-me que apenas responderam 2 das G3. Na terceira e última salva, só 1 G3 disparou. As restantes quatro tinham encravado...
Eu e o meu colega do lado, pela solenidade do acto, entreolhámo-nos apenas, e sorrimos, ligeiramente compungidos.

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