As fotografias antigas, mesmo que de uma antiguidade recente, têm uma espécie de autoridade sobre nós. Ou fascínio, porque as cores são outras, o ritmo das figuras é quase sempre mais tranquilo, e acabam por nos dar uma imagem fixa e precisa de um tempo que não vivemos. Para além disso, poderá haver a qualidade estética do instantâneo e a capacidade técnica do fotógrafo, mas sobre isso eu não gostaria de falar, agora...
Ainda da Lituânia, o meu amigo António teve a gentileza de me mandar, a mim que raramente lhe escrevo, um postal com uma foto de Algimantas Kuncius (1939). Sobre a praia de Palanga (em 1966) que, diz-me também o meu Amigo, é muito bonita. Pouco consegui apurar sobre o fotógrafo lituano. Mas posso imaginar que Palanga é para Kuncius aquilo que a Póvoa de Varzim é, ainda hoje, para mim. Uma espécie de oásis da infância e adolescência, que é o tempo essencial donde os sonhos e mitos costumam nascer para o resto da vida. Mesmo nos homens mais empedernidos.
Ainda sobre a foto abaixo, o António chamou-me a atenção sobre as parecenças do fumador da esquerda com o nosso anterior PR, de má memória. Era um bónus dispensável, mas aqui fica exarado, para que conste Boliqueime na etiqueta do poste...
abraço muito grato a A. de A. M..
É muito gira a fotografia.
ResponderEliminarBoa tarde:)
A pátina do tempo e a despreocupação dos transeuntes dá à fotografia uma autenticidade natural muito grande...
EliminarBom fim de Domingo!