sábado, 30 de abril de 2016

Uma fotografia, de vez em quando (81)


As fotografias antigas, mesmo que de uma antiguidade recente, têm uma espécie de autoridade sobre nós. Ou fascínio, porque as cores são outras, o ritmo das figuras é quase sempre mais tranquilo, e acabam por nos dar uma imagem fixa e precisa de um tempo que não vivemos. Para além disso, poderá haver a qualidade estética do instantâneo e a capacidade técnica do fotógrafo, mas sobre isso eu não gostaria de falar, agora...
Ainda da Lituânia, o meu amigo António teve a gentileza de me mandar, a mim que raramente lhe escrevo, um postal com uma foto de Algimantas Kuncius (1939). Sobre a praia de Palanga (em 1966) que, diz-me também o meu Amigo, é muito bonita. Pouco consegui apurar sobre o fotógrafo lituano. Mas posso imaginar que Palanga é para Kuncius aquilo que a Póvoa de Varzim é, ainda hoje, para mim. Uma espécie de oásis da infância e adolescência, que é o tempo essencial donde os sonhos e mitos costumam nascer para o resto da vida. Mesmo nos homens mais empedernidos.
Ainda sobre a foto abaixo, o António chamou-me a atenção sobre as parecenças do fumador da esquerda com o nosso anterior PR, de má memória. Era um bónus dispensável, mas aqui fica exarado, para que conste Boliqueime na etiqueta do poste...


abraço muito grato a A. de A. M..

2 comentários:

  1. É muito gira a fotografia.

    Boa tarde:)

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    1. A pátina do tempo e a despreocupação dos transeuntes dá à fotografia uma autenticidade natural muito grande...
      Bom fim de Domingo!

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