sexta-feira, 5 de abril de 2019

Utilities


Entre pretendentes, como o de cá, e os efectivos estrangeiros, ainda há um ror deles por este mundo fora.
Dos asiáticos e alguns, raros, africanos coroados, pode dizer-se que alguns ainda exercem um restrito poder. Os restantes, europeus na sua maioria, são mera mobília decorativa de velhos palácios, observientes obsoletos de rituais caricatos para divertimento e gáudio de turistas, inspiradores de historinhas para crianças (muitas vezes adultas...), figurantes com lugar cativo em revistas rosadas, meras utilities reinantes.
Se Rainier ainda teve a utilidade de tornar o seu principado viável e rentável, financeiramente, através do jogo e do fisco, atraentes, se Juan Carlos contribuiu, em definitivo, no passado, para desmontar uma tentativa de ressurreição franquista, os seus descendentes revelaram-se meras caricaturas de poder inútil, quando não de circos iconográficos para o povinho ver, ou simples sustentáculos de trafulhices familiares.
De Isabel II, sabemos nós que serve apenas de leitora anual dos discursos que o seu primeiro-ministro lhe elabora, por tradição e ritual, formais. Será que a augusta senhora nada tem a dizer sobre o Brexit?
Se calhar ainda não pensou nada sobre isso, muito simplesmente...

2 comentários:

  1. É o símbolo da permanência.
    Quanto ao Brexit, possivelmente ainda não lhe prepararam o discurso...

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    1. Bom, para isso há os museus e o património nacional.
      É capaz deter razão. Aquilo por lá anda tão confuso...

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