domingo, 7 de abril de 2019

Eugeniana, mínima (3)


Nota pessoal:
sabem alguns, do cuidado que Eugénio de Andrade (1923-2005) punha na reedição dos seus livros. Das revisões apuradas que exercia sobre poemas antigos, quando não da monda a que procedia eliminando alguns, que entendia menores. Melhor exemplo não há, do que ter rejeitado, quase por inteiro, os seus três primeiros livros (Narciso, Adolescente e Pureza), de que veio a republicar salvando, revistos, apenas 10 poemas, num conjunto que denominou: Primeiros Poemas.
Comprei, há dias, um velho número da Colóquio-Letras (nº 6, de Março de 1972) que inclui 2 poesias do poeta de Obscuro Domínio. Tudo me leva a crer que o primeiro poema (na imagem) não veio a ser aproveitado na sua obra futura, talvez porque o considerasse de qualidade menor. Quanto ao poema que, na colaboração para a Colóquio, intitulou Viagem, viria a alterar-lhe o título para Brindisi (Escrita da Terra, 1974), suprimindo apenas as 2 vírgulas, que existiam no dístico original.

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