quinta-feira, 11 de abril de 2019

Filatelia CXXVIII


Já por aqui me tenho referido, e nesta temática, ao facto de os Correios, na maior parte dos países, terem abandonado a sua vocação institucional de serviço público, favorecendo cada vez mais uma actividade e função meramente comerciais. Sinal dos tempos.
Também não terá sido por acaso que na Inglaterra, em Portugal, na Alemanha, por exemplo, os Correios tivessem sido privatizados.


Se as emissões anuais de selos se foram alargando com o andar dos tempos, exponencialmente, para captar mais dinheiros dos pobres filatelistas, as estações dos CTT também se foram descaracterizando, mais parecendos autênticos albergues espanhóis ou feiras multiusos, onde tudo se vende: livros e revistas, lotarias, pequenas e inúteis bugigangas, presentes. Ultimamente até prestam serviços bancários, em toda a sua extensão financeira...


A partir do último quartel do século XX fui assistindo, cumulativamente, à criação, por cada emissão de selos, saída, de uma multiplicidade de sucedâneos: blocos por tudo e por nada, carteirinhas de selos, luxuriantes livros anuais e de temáticas diversas.
Com uma diferença de tomo, porém. Se, na Alemanha, estes álbuns-livros são feitos com a prata da casa e executados pelo staff dos correios germânicos, em Portugal contratam especialistas freelancer ou assessores para os fazerem. Seguindo o bom exemplo dos ministérios...
Viva o luxo!

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