A propósito do lançamento do livro da sua obra poética completa, presente, Para comigo, Joaquim Manuel Magalhães (1945) deu uma entrevista à ípsilon, em que aborda, de forma exemplar, alguns assuntos, para além de poesia. Pensada e com algumas reflexões de grande pertinência, a entrevista, até porque as respostas foram dadas por escrito, as suas palavras merecem ser lidas com atenção.
Que não de maior relevância, aqui deixo dois pequenos excertos, recomendando vivamente, a leitura integral da referida entrevista de Joaquim Manuel Magalhães.
"Nunca fiz uma leitura provinciana da nossa poesia, por isso me espanto com as cotoveladas que os poetas dão uns aos outros por causa do seu lugarzinho efémero."
...
"Traduzir é perder tempo, dá muito trabalho, a maior parte das vezes as coisas ficam tortas em português e percebemos logo que não resultam bem e não pode ser de outra forma."
Traduzir pode ser perder tempo, mas a maioria das pessoas nunca conheceria poetas estrangeiros se não fossem traduzidos.
ResponderEliminarO que vou dizer a seguir não tem nada a ver com a pessoa Joaquim Manuel Magalhães com quem eu até simpatizo. A tradução que ele fez de Kavafis, em coautoria com um grego, pode ser mais fiável ao grego, mas para um português fica a anos luz (para pior) que a feita por Jorge de Sena.
Vou ler a entrevista.
Bom domingo!
Sena dava mais de si, nas traduções que fazia...
EliminarDe Magalhães, que conheci em Coimbra, prefiro o ensaísta ao poeta. E, como recenseador ou crítico de poesia, portugueses, é dos mais bem apetrechados.
E inteligente - também se nota, nesta entrevista.
Bom dia.