Como abstractos e enormes pássaros metálicos, as gruas deslocam-se suavemente numa valsa aérea de progresso, reabilitando o passado. Mal se ouvem, deslizantes, oleadas no seu ofício e prática. Movem-se, mas não cantam. E o seu ritmo é prosaico, articulado e comandado por vozes e razões humanas de trabalho e lucro. Estão ali; amanhã, acolá. No futuro, talvez, mais além.
Os homens, entretanto, passam.
Os homens, entretanto, passam.
Os nossos tempos, já estão profundamente alterados.
ResponderEliminarEu nasci numa pequena terra de vivendas. Agora vejo
um mar de cimento e apenas me resta compreender, embora
não seja fácil. É e continuará a ser o progresso.
As gruas até são pitorescas, lá no alto...
EliminarMas as obras de reabilitação, nas ruas, são, normalmente, incomodativas. Valham-nos as casas ficarem mais bonitas e apresentáveis. Nem tudo se perde. É certo que, também eu, me habituei a outro ritmo, mais pausado, na minha pequena cidade de província. Mas que havemos de fazer?!