Pensando bem, creio que nunca me preocupei excessivamente em criar novos amigos. Ou tentar seduzi-los. Eles cresciam, naturalmente, ao sabor de afinidades comuns e de gostos partilhados, de gestos atentos e inesperados. De memórias que se iam fazendo, e de aventuras, a princípio ingénuas, mas cada vez mais reais e impressivas, das nossas vidas. Do primeiro grupo da rua, ao da escola, depois nos locais de trabalho, eles foram aparecendo, tomando vulto e, embora muitos se tivessem sumido, no tempo e na geografia, sempre alguns ficaram - os mais desinteressados, os mais fortes. A triagem do real.
Quando vejo que, no feicebuque, se podem ter até 5.000 "amigos", fico varado! Como será possivel apascentar tanta amizade?!
Só 5000? Isso é pouco. Acumula-se, cada vez mais, tentando sempre atingir mais que o outro e tanto como uma "estrela"!
ResponderEliminarBom fim de semana
Isso é explicável pela ligeireza do nosso tempo, pela vacuidade dos sentimentos de muitos, pela sofreguidão da quantidade. Eu continuo a tentar ser rigoroso, no grau: amigos, conhecidos, meros contactos. Sem estabelecermos uma hierarquia, acabamos por ser volúveis, quase (e desculpe-me) uma espécie de rameiras...
EliminarRetribuo os seus votos, com estima.
É raro abrir o meu Facebook.
ResponderEliminarOpto por contactos no blogue.
São mais interessantes e, na minha opinião, têm mais conteúdo.
E através ele já consegui BOAS AMIZADES.
Um abraço.
Nunca tive a tentação de ter conta na instituição.
EliminarIsto salta de moda em moda nova. Parece que o que agora está "in" é o Instagram...
Os blogues também me chegam, acho-os adequados ao meu gosto e forma de estar. E os diálogos, quando os há, têm mais consistência.
Cordialmente lhe desejo um bom fim-de-semana.
Inscrevi-me no facebook para reencontrar amigos do liceu, mas depois percebi que só me recordava do primeiro nome ou da alcunha e dos que sabia o nome completo, não há rasto. Terminei por manter a página mas sem actividade, mas recebi pedidos de amizade de pessoas que não conheço e alguns dos meus conhecimentos passaram a usar o facebook para comunicar em épocas festivas, evitando assim a chamada telefónica.
ResponderEliminarConfesso que não me seduziu e interrogo-me também como é possível seguir centenas de amigos.
Boa noite!
Boa noite!
O tempo acaba por mondar, duplamente, mesmo algumas das amizades infanto-juvenis. Mas também já me aconteceu, num caso, que uma dessas relações primiciais ressuscitasse, com a mesma vivacidade, passados 40 anos - são casos raríssimos, pelo menos, no meu caso.
EliminarO resto julgo que, em boa parte dos casos, são relações ligeiras e banais, muito à superfície, como julgo acontecer no feicebuque.
Um bom fim de semana.
Apascentar milhares de "amigos" deve dar um trabalhão!
ResponderEliminarTenho um blogue de eleição que tem uma linguagem e temas
que me agradam. Algumas vezes lá arrisco um ou outro
comentário e fico satisfeita por ser "ouvida". Além deste,
que é o primeiro, mais dois ou três merecem a minha atenção.
Agradeço, e desejo-lhe um bom fim de semana.
...trabalhão e pachorra, Maria Franco.
EliminarMas tudo vai da exigência e densidade que se pede a uma relação.
Tempo, atenção, verdade são muito importantes. Alguma fidelidade, no seu sentido mais amplo (ou persistência, num sentido mais "laico") ajudam muito, a esse estar de amigo - julgo eu. Tento cumprir...
Grato pelas suas palavras.
Votos de retribuição, com muita estima.
Não são amizades, na esmagadora maioria. Grande parte são conhecidos, alguns nem isso. Contudo, às vezes é bom para reencontrar pessoas que já não víamos há muito tempo. E é mais fácil e rápido para comunicar. Bom Sábado!
ResponderEliminarHá uma certa tendência para a confusão dos sentimentos, hoje em dia... E dos tratamentos. Há até alguns comerciantes que abusam do "ó amigo!" ou do "olá, vizinho" - como no feicebuque, aliás.
EliminarBom fim-de-semana.
É isso :-) Bom dia!
EliminarNão tenho facebook, nem linkedin, nem nada disso, mas recebo muitos pedidos de amizade de muitas criaturas de que nunca ouvi falar. :-)
ResponderEliminarBom dia!
O robot do linquedim é exemplarmente promíscuo, e usa, sem escrúpulos, o nome de pessoas conhecidas para tentar incluir-nos no redil da carneirada...
EliminarBom fim-de-semana.