Com a descida brutal das temperaturas, ressentiu-se a coluna e convocaram-se os queijos. Para depois do conduto, a seguir a um peixe assado, escoltado que foi, e bem, por um branco alentejano (Herdade dos Coteis, 2016), robusto mas macio.
Nesse particular, um Fratel, mais seco, e um Serra, mais generoso e babão. Havia que acompanhá-los, portanto, com a dignidade e nobreza que merecem. Por outro lado, recebíamos, ontem, um casal amigo de peito, que tem sabor enófilo e mundo de experiências variadas. Havia que estar à altura...
Ora, eu que conheço muito pouco de vinhos estrangeiros, tenho duas fixações teimosas, duas fés enófilas inabaláveis, que nunca me deixaram ficar mal: o Châteauneuf-du-Pape, em França, e o Barolo, na Itália. Ambos tintos, normalmente, de qualidade.
Há anos, alguém que de vinhos sabe e saber tem, em ocasião festiva, ofertara-me este Châteauneuf (Vignobles de Jean Avril), colheita de 1995, que eu guardara, religiosamente, na garrafeira, a esperar "o vento que o merecesse" - para plagiar Eugénio que o disse por outras palavras e motivo, mas para sempre.
Como era de marca o vinho e tinha os seus provectos 14º, achei que era de guarda. E não me enganei.
Com os seus 23 anos, de bela juventude, abriu-se às 10 e começou a saborear-se cerca das 13h40, para satisfação plena e colectiva, acompanhando os dois queijos portugueses que, patrioticamente, mereceram esse vinho de eleição.
Não quero entrar em redundâncias, nem exageros barrocos - o vinho era magnífico. Parecia ter a elegância suprema de alguns, raros, vinhos do Dão e a força tranquila dos melhores do Douro. Assim mesmo, sem tirar, nem pôr.
Disse.
Ora, eu que conheço muito pouco de vinhos estrangeiros, tenho duas fixações teimosas, duas fés enófilas inabaláveis, que nunca me deixaram ficar mal: o Châteauneuf-du-Pape, em França, e o Barolo, na Itália. Ambos tintos, normalmente, de qualidade.
Há anos, alguém que de vinhos sabe e saber tem, em ocasião festiva, ofertara-me este Châteauneuf (Vignobles de Jean Avril), colheita de 1995, que eu guardara, religiosamente, na garrafeira, a esperar "o vento que o merecesse" - para plagiar Eugénio que o disse por outras palavras e motivo, mas para sempre.
Como era de marca o vinho e tinha os seus provectos 14º, achei que era de guarda. E não me enganei.
Com os seus 23 anos, de bela juventude, abriu-se às 10 e começou a saborear-se cerca das 13h40, para satisfação plena e colectiva, acompanhando os dois queijos portugueses que, patrioticamente, mereceram esse vinho de eleição.
Não quero entrar em redundâncias, nem exageros barrocos - o vinho era magnífico. Parecia ter a elegância suprema de alguns, raros, vinhos do Dão e a força tranquila dos melhores do Douro. Assim mesmo, sem tirar, nem pôr.
Disse.
E nós que não gostámos do Châteauneuf-du-Pape, que provámos há uns três anos :-( Se calhar, o segredo estava em esperar umas horas até consumir. Novatos que somos nestas andanças, não o soubémos tratar dignamente, está visto!
ResponderEliminarBom dia
Vale sempre a pena deixar oxigenar os vinhos, 1 a 2 horas, mais se for um vinho tinto velho, como era o caso deste Châteauneuf.
EliminarSe gostam, é porque têm bom gosto..:-)
Uma boa semana.
Lembrou ontem o rapaz lá em casa e tive eu que vir acrescentar aqui: descobrimos o "Châteauneuf..." num episódio do "Castle". Achamos que, caso não conheça, é capaz de graça a um filme que se chama "Faça Favor", com o Daniel Auteil, no qual os vinhos têm alguma importância no desenrolar de parte da história.
EliminarBom dia
Lá irei. Grato pela dica..:-)
EliminarBom dia, apesar da chuva.
Não percebo nada de vinhos e não fixo marcas estrangeiras, nem castas sejam nacionais ou não. Só sei se gosto ou não gosto, quando os bebo. E também não sei que vinhos se devem guardar. :(
ResponderEliminarBoa semana!
Por cá, de uma forma geral, vinhos lotados com Touriga Nacional ou Tinta Roriz (Aragonês, no Alentejo) têm potencial de envelhecimento e longevidade.
EliminarBairrada e Dão, quando bons, melhoram com o tempo e, normalmente, aguentam-se uns anos. É falível, mas diria até 8 anos...
Bom dia.