Não, não é este Que c'est triste Venise, ou La Bohème, nem muito menos La Mamma, para mim a canção mais emblemática de Charles Aznavour (1924-2018), que faleceu, hoje, em França. Creio ser, entre tantas de que gosto do seu repertório, o Il faut savoir, por várias razões pessoais de juventude.
Foi por Agosto de 1964 que eu soube que o seu apelido de infância era, na verdade, Aznavourian que, como quase todos os apelidos arménios, terminava em ian. Os progroms turcos sobre os arménios provocaram um êxodo maciço do povo, sobretudo para França. Foi o caso dos seus pais. Como, também, dos pais de quem me contou a história, nessa altura.
Depois, há nomes e figuras que, colados à nossa adolescência, quando desaparecem de cena vão corroendo, inevitavelmente, a nossa fantasiosa crença e utopia inconsciente sobre a imortalidade humana, própria. Charles Aznavour, para mim, era um desses nomes. Feito de boas memórias.
Depois, há nomes e figuras que, colados à nossa adolescência, quando desaparecem de cena vão corroendo, inevitavelmente, a nossa fantasiosa crença e utopia inconsciente sobre a imortalidade humana, própria. Charles Aznavour, para mim, era um desses nomes. Feito de boas memórias.
Com esta choro sempre, mas é inevitável! Vão seguir-me mil e uma homenagens.
ResponderEliminarSoube viver sempre. A última imagem que guardo é, já no início dos seus 90, a cantar com a nova geração francesa os seus êxitos, com essa nova geração em estado elevado de adoração e nervos!
Nisso os franceses sabem hoje em dia: homenagear as suas lendas vivas! (ou pelo menos esta)
Boa tarde (um bocadinho mais cinzenta, sem o Aznavour)
Um mercuriano excepcional. Na voz, nos afectos, na generosidade.
EliminarAcaba por ser um dia triste, este da sua morte, para quem muito gostava de o ouvir.
Resta relembrá-lo pelas suas canções, contagiantes.
Retribuo, com o mesmo sentimento...
Também considero Il faut savoir a mais marcante das imensas
ResponderEliminarcanções de Aznavour.Pela recordação do grupo de amigos que tinha,
no início dos anos 60, quando ouvíamos quase religiosamente também
Brel, Patricia Carli e também italianos.Saudades, essa terrível palavra.
Brel é-me posterior e importante, mas atrás de Aznavour creio que não há nada, de muito significativo em música ligeira, para mim.
EliminarDeixou, no entanto, uma obra extensa, felizmente. E de grande qualidade.
Acho que esta foi a primeira canção que ouvi de Aznavour e o primeiro 45 r.p.m. dele que me ofereceram. Mas eu na época ouvia muito Brel e Brassens. E Françoise Hardy. :)
ResponderEliminarBom dia!
Julgo que a primeira canção que ouvi, dele, foi o "Et pourtant". Mas também gostava, menos é certo, do Bécaud. Brel, veio mais tarde.
EliminarBom dia.