domingo, 12 de junho de 2016

Resgatados do olvido


Quase todos os livros têm um prazo de validade, raros são os de eterna leitura. E, destes, uma grande parte deles são apenas folheados por académicos abnegados ou leitores exóticos, em busca de singularidades.
Noutra sintonia, hoje, eu estava a pensar não deixar nada de novo no Arpose, depois do gentil poste de HMJ sobre as nossas pré-anunciadas abóboras, na varanda a Leste. As visitas ao Blogue têm sido poucas, os comentários, ainda menos; porque hei-de eu desaproveitar estes luminosos e amenos dias de Junho, para escrevinhar umas coisas que só os amigos fiéis ainda vão lendo?
Mas há coisas que têm o seu tempo para serem ditas ou escritas...
A tarde saldou-se por duas recordações muito antigas, que me vieram da memória, por associação.
A primeira, e mais rica, por sentimental, foi uma cadeira de lona preta, na praia da Póvoa de Varzim. Primeva e familiar, no seu peso inteiro de madeira maciça, ferragens de metal puro, lona grossa, inteiriça também.
Quanto à segunda. Na sexta-feira passada estivemos no Montijo e eu, num feira de usados que mais parecia de ciganos, comprei por 2 euros o livro que aparece em imagem. É um livro ligeiro, para ler na varanda ou na praia. Mas lembrei-me, ao lê-lo, dos meus tempos de estudante em que fiz exames e pensei que, hoje, finalmente já estou livre deles, para sempre. Foi uma grata constatação.


6 comentários:

  1. Essa cadeira pareceu-me resistente - de confiança, como deve ser.
    Bom dia! :-)

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    1. Pesada de transportar, mas seguríssima, na verdade, que ela era..:-)
      Bom dia!

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  2. Fiquei com curiosidade de saber quais são os livros que considera de eterna leitura. Eu já li alguns dos clássicos e poucos gostei mesmo. Gostei muito da Odisseia de Homero e do Elogio da Loucura de Erasmo.
    Se considerar os livros que acho que quero reler, os meus gostos pessoais prevalecem. Ainda outro dia pensava que o livro que voltaria a ler do Eça é A cidade e as serras. E ainda não tive coragem de ler As Viagens na minha Terra de novo, em adulta.
    Mas há livros claramente datados e outros que acho que se lêem só por moda. Quanto aos exames, por incrível que pareça, por vezes tenho saudades deles, porque são mais simples que os exames da vida... :-)
    Bom dia!

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    1. A "Bíblia", para começar, e absolutamente.
      Os dois que a Margarida refere, mais a "Utopia" de T. Moore. Dos nossos, eu acho que vale a pena folhear a obra lírica de Camões, de vez em quando, se não tivermos paciência de ler "Os Lusíadas". Para mim, Sá de Miranda, mas sei que não terei muitos acompanhantes..:-(
      Na prosa portuguesa, "Os Maias" que valem sempre a pena.
      Mas, na juventude, será importante ler "A Ilha do Tesouro", de Stevenson, "Robinson Crusoe", de Defoe, e "Moby Dick" de Melville.
      Penso que não esqueci nenhum dos que considero essenciais.
      É uma diatribe acertada, e justa, ao referir os exames da vida..:-)
      Um bom feriado!

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  3. Dessa lista: A Bíblia li uma boa parte; de Camões também li muita coisa (mas não sou uma fã, confesso); já li os Maias umas 2 ou 3 vezes; os restantes não sei se irei ler, com excepção para a Utopia de Moore - parece uma boa sugestão. Bom dia!

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