segunda-feira, 20 de junho de 2016

Da antiga Porcalhota (Amadora)


É pelos antigos, quase sempre, que nós descobrimos coisas novas para enriquecer a nossa sabedoria. Da Amadora, que fora Porcalhota até 1907, sabia eu. E não era novidade que o nome sujava o brio dos seus moradores, para lhe quererem mudar o seu topónimo para coisa mais asseada...
Mas, porquê Porcalhota?
Pois fui encontrar a explicação em Aldeia, de Aquilino Ribeiro (1885-1963), de forma muito linear, lógica e compreensiva. Aqui ficam, por isso, as palavras do Mestre:
"... Em pecuária se cifrava a primeira riqueza da aldeia. Numa parte da serra, comunal desde a pedra de arranque ao mato galego, pastava o gado lanígero, na outra os suínos. Chamava-se dar porcos ao fintão, confiá-los a tanto por cabeça a um guardão que todas as manhãs vinha, tangia a sua corna de chifre, e abalava com as varas para o monte. No século XVIII ainda se usavam tais contratos nos arredores de Lisboa; daí Porcalhota, pastagem dos ditos. ..."

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