quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mercearias Finas 113


Li há dias que o ano de 2011 terá sido generoso e bom para quase todas as regiões demarcadas portuguesas, no tocante aos vinhos produzidos. Ainda me lembro da década prodigiosa que foram os anos 60, do século XX. Porque os 70 foram de uma miséria franciscana... Mas, dantes, era fácil sabê-lo quer pelos prémios da Junta Nacional do Vinho, quer pelas Vintage declaradas, no Douro. Hoje, quase todos se fecham em copas e nós, os amadores, andamos às cegas.
Vou tirando, no entanto, as minhas conclusões e atrevo-me a afirmar que, para vinhos brancos, o ano de 2015 foi fracote. Dos três que já provei, achei-os muito inferiores ao habitual. Até o Colheita Especial 2015, branco, da Adega de Pegões, que costuma assegurar alguma qualidade, deixa muito a desejar. Está chocho.
Era um vinho branco que desde, pelo menos 2008, custava no sítio do costume, sempre 2,99 euros. Pois está em promoção, e a 2,49 euros, presentemente - um bodo aos pobres, aparentemente.
Esse grande patriota, que dá pelo apelido de Soares dos Santos e que já foi patrão do P. D. e do António Barreto, deve ter-se apercebido da pobreza da colheita e mandou rebaixá-la, talvez por interposta pessoa, nas gôndolas das suas superfícies. Para os pategos galegos escoarem esta colheita de 2015, e ele poder mandar os seus habituais proveitos para a Holanda... Deus o abençoe, na sua infinita misericórdia!

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