quarta-feira, 1 de julho de 2015

2 haiku de Verão


A lua à meia-noite
como se fora
um disco de frescura.

Yasuhara Teishitsu (1609-1673)
...

O grande Buda -
sua frieza de estátua
desumana.

Masaoka Shiki (1867-1902)

6 comentários:

  1. Gosto do primeiro! E a imagem é muito linda:)
    O segundo acho que não entendo...

    Boa noite:)

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    1. A minha leitura do segundo poema parte para o contraste entre o calor dos homens (é Verão) e a ambivalência da estátua do Buda (estátua de metal ou pedra: fria, portanto), que, pela indiferença (e talvez, também, pelo grande tamanho), a torna "desumana".
      Uma boa noite, também (fresca)!

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  2. Também gostei muito do primeiro. "Um disco de frescura"...Sim, é verdade...:-)
    Bom dia!

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    1. Francamente, também me parece mais bem conseguido..:-)
      Bom dia!

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  3. Tb gosto do primeiro.
    Acho a representação do Buda um pouco repugnante. Houve uma época em que havia um buda de loiça em quase todas as casas... :(

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    1. Os refegos de gordura e o ar enjoado desses Budas domésticos - de que bem me lembro - não ajudavam nada à simpatia (?) por eles, realmente.
      O primeiro haikai ganhou, portanto..:-)

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