quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O desmame e o crescer


Amadurecemos, como os frutos, consoante o clima. Familiar, adjectivaria eu, por íntima convicção. Crescer é tomar forma e responsabilidade, ousar um caminho, arriscar o modo e o tom de vir a ser.
Objectivamente e tirando casos de grande equilíbrio familiar na transmissão educativa, hoje em dia, as crianças são infantis até mais tarde, caprichosas, excessivamente mimadas, mas também, muitas vezes, abandonadas aos seus quereres de natureza instintiva, para não dizer: selvagem ou anti-social. A chupeta e a língua de trapos vão longe, e serôdias, no seu uso.
Por perverso romantismo e afecto parental e preguiçoso conforto filial, já tarde e adultos é que os filhinhos (e, antes da crise, já isto acontecia) saem da casa paterna, para fundar a sua. Este atrofiamente mental e de responsabilidade terá, sem dúvida, algumas consequências nefastas, na vida já adulta.
O crescimento e a autonomia não são isentos de sacrifícios, de luta e de dificuldades, mas são necessários e salutares para o desenvolvimento humano. Este vídeo, que se segue, é para mim uma parábola perfeita e muito instrutiva. Até pela sua feliz conclusão. 



com agradecimentos a C. S..

4 comentários:

  1. há crianças que têm que aprender a voar sozinhas, algumas cedo demais...

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    1. É verdade. Mas, dos poucos casos que conheço, esse facto não teve repercussões negativas, no futuro.

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