Nos
últimos tempos, tenho acompanhado com algum interesse uma tendência na promoção
de jardins urbanos que, afora a intenção imobiliária subjacente a determinadas
notícias, sempre os considerei como complemento essencial da vivência citadina.
De
facto, os que viveram, como eu, durante uma parte considerável da sua formação
humana – a infância e a adolescência – numa casa com jardins e horta,
dificilmente se libertam do apelo telúrico de meter as mãos na terra, mesma que
reduzidas ao tamanho de um vaso.
Com
efeito, a partir do momento em que fui obrigada a viver em apartamentos, nunca
dispensei os jardins urbanos, por uma questão de vivência que dispensa
modernices.
Nas
varandas outrabandistas e nos terraços citadinos foram crescendo oliveiras,
limoeiros, abetos, pinheiros e loureiros.
Mesmo
assim, ainda se arranja espaço para ofertas generosas de pés de alfaces,
tomates, e pimentos, como o “pequenitates” que surgiu já um pouco serôdio. Com
os últimos dias de sol, lá se desenvolveram três pimentos, dando ares da sua
graça.
Logo
de manhã, gosto de olhar para as flores da imagem acima, ver o crescimento dos
pimentitos, e, sobretudo, apreciar o verde que me tapa o desagradável do
cimento que certas criaturas espalham à nossa volta. É uma forma de dissimular
o mau gosto dos patos-bravos e reconquistar um espaço desprezado pela
ignorância e o mau gosto.
Post de HMJ, dedicado a MR
Por aqui só tenho pés crescidos, folhas, mas nada de pimentos. Haja esperança!... :)
ResponderEliminarGosto de jardins pequenos no meio da cidade, assim como gosto de ruas com árvores, embora estas tapem o sol nos andares mais baixos.
Bom domingo!
Para MR:
ResponderEliminartambém bom domingo.