Este anda toda a manhã às pêras
com uma musiquinha no bico
e ri-se muito quando eu abro
a janela em guilhotina
do escritório
ri-se do verso lambido
diz que o troque
por mais sólidos
apetites de aldeia
se pêras não
que posso enfim não gostar delas
vá por amoras ao Telhadouro
vá aos pinhais por camarinhas
e para que escreve o tipo à mesa
com ar tão sério diz ele
deu-lhe agora a terçã?
Fernando Assis Pacheco, 1979.
Diverte-me (quase) sempre a poesia do FAP.
ResponderEliminarBom dia!
É, na verdade, uma poesia quase sempre bem disposta - um divertimento sério...
EliminarBom dia!