A lenda do chinês das gravatas
Chinês.
A paciência de vender da gravata
até à última.
Chinês.
A paciência de caçar da mosca
até à última.
Chinês.
Fúngala! Fúngala!
Dizíamos nós, meninos,
esfregando o nariz entre o médio e o indicador,
enquanto saltitávamos em torno do chinês das gravatas,
numa grande assuada.
Fúngala! Fúngala!
E então ele saiu de Portugal, voltou à China
e caçou da mosca até à última.
Gostei, e ainda gosto muito de gravatas. Só que hoje já as não uso, a não ser em funerais, uma preta, que não consta da imagem abaixo. Mas já tive à volta de 50; agora terei cerca de uma dúzia.
Para se compreender melhor o poema de Alexandre O'Neill, transcrito acima, será preciso lembrar que, em Portugal, em meados do século passado, havia vendedores ambulantes de gravatas. Os preços delas oscilavam entre Esc. 7$50 e 15$00. E, em Coimbra, no início dos anos 60, havia, pelo menos, 2 chineses (macaístas?) que vendiam gravatas pelas ruas e cafés. Lembro-me que comprei algumas por lá. Hoje, os chineses já não devem vender gravatas, mas compram edêpês...
E aqui fica, em seguida, um pequeno mostruário selecionado, em imagem, de quatro das poucas gravatas que ainda tenho, mas rarissimamente uso.
Ainda me lembro dos chineses a venderem gravatas na Baixa.
ResponderEliminarCompram EDePes e andares na Expo. :( E têm frutarias... :)
...frutarias, vistos "Gold" e abrem, na Baixa, lojas de venda de venerinhas de Fátima e de galos de Barcelos...
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